sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

O costume do banho de rio se estendeu às tropas



Rio Araguaia, nas margens da área da Base Militar, 1972. Equipes da FAB e alguns paraquedistas.
 De costas, vê-se o então major Thaumaturgo Vaz, na mesma semana em que fez 
o ousado resgate do corpo do cabo Rosa, da 8ª Região Militar” 
 (Álbum sargento Califa, FAB)  

 Ex-sargento Califa, da FAB

     Na fazenda de exploração de cristal de rocha do rio Araguaia, que ficava ao sul de Xambioá, dos Martins, havia uma pista de piçarra cujo comprimento distava 1000 metros. Nos anos 1960, a pista ficava registrada como alternativa de emergência para o sobrevoo da Amazônia, nos mapas do Correio Aéreo Nacional. Foi nessa pista que desceu o C-47 cargueiro de 25 lugares da FAB que trouxe a primeira leva de militares e equipes de informações em maio de 1972.
    
      Ao lado do acampamento, havia uma abertura para o rio onde o pessoal das forças armadas tomava banho. Curiosamente, um barqueiro paraense chamado Zé Alípio, que ‘administrava’ o bordel do Vietnam, e negociava cartuchos e armas para os paulistas*, disse certa vez ter visto Osvaldão se banhando no remanso dos Martins, local em que lascas de cristal eram cortadas para serem levadas de barco rio abaixo.

*Paulistas = Guerrilheiros

2 comentários:

Anônimo disse...

A serra das Andorinhas ao fundo, a volta no tempo da guerrilha. A realidade. Alguns personagens da história. Por que o Partido não entra na polêmica discussão?

Anônimo disse...

Cenário do começço da guerra que ninguém sabia.
Mara